-Demi-
Três semanas haviam se passado desde meu término com Joe.
Estava seguindo em frente da melhor maneira que podia, eu ainda o amava muito,
mas não aguentava mais sofrer. Pelo que Hannah tinha me dito Joe estava bem
melhor do acidente, mas Sterling ainda não tinha ido embora. Nick estava me
ajudando com o orfanato já que Hannah tinha arrumado outro emprego.
_Demi, hoje é dia de ir à casa paroquial para pegar o
auxílio mensal, você quer que eu vá para você? Eu sei que ver o Joe ainda é
difícil para você._ ele disse e eu desviei o olhar, sim, ele estava certo, eu
não queria vê-lo, mas desaparecer daquela maneira não era a solução.
_Por que não vamos os dois? Assim você pode me ajudar a
lidar com a situação não é?_ perguntei esperançosa e ele sorriu.
_Claro, que horas quer ir?
_Agora? Pode ser?_ perguntei sorrindo, era agora ou nunca.
Eu queria resolver essa questão o quanto antes.
Passados dez minutos estávamos os dois na frente da casa
paroquial. A porta se abriu e confesso que senti um alívio quando vi que
Sterling que tinha aberto a porta e não Joe.
_Bom dia. Em que posso ajudar?_ perguntou sério.
_Bom dia padre. Nós viemos aqui pelo orfanato, o senhor
sabe, pegar o auxílio mensal._ Nick disse e Sterling nos deixou entrar
imediatamente.
-Joe-
Ouvi quando tocaram a campainha lá de casa, mas fingi que
estava dormindo. Sterling que atendesse a porta. Nesses últimos dias eu estava
insuportável, nada estava bom para mim. Tudo que eu queria era a Demi, mas ela
eu sabia que não podia ter, e aquilo era frustrante.
E então eu ouvi sua voz. Não acredito que Demi estava aqui
em casa novamente, o que será que ela queria? Foi aí que lembrei que ela estava
aqui por causa do orfanato, óbvio. Ela não iria vir aqui para falar comigo,
claro que não. Não aguentei e fui até a sala.
Quando ela me viu olhou para o chão e deixou Nick tomar
controle da situação. Como ela estava linda e como eu sentia saudade dela.
Sterling percebeu o clima e para piorar tudo disse que a questão de fundos era
de minha responsabilidade e saiu da sala.
_Então?_ perguntou Nick.
_Eu vou depositar o dinheiro hoje mesmo na conta do
orfanato, eu sei que normalmente entrego em espécie, mas eu me esqueci._ tentei
explica porque não estava com o dinheiro naquele momento. Ambos concordaram com
a cabeça.
_Obrigado. Vamos Demi?_ Nick disse e a puxou pelo braço,
eu sabia que ele não a queria comigo, e que provavelmente estava bravo comigo
por fazê-la sofrer.
Eu finalmente tomei coragem e olhei a Demi nos olhos.
_Posso falar com você um instante?_ perguntei e vi que ela
ficou em pânico e olhou para o Nick imediatamente. Ele assentiu com a cabeça e
ela respirou fundo.
_Sim, o que foi?_ ela perguntou seca.
_A sós._ eu disse e ela revirou os olhos, mas me seguiu
até o meu quarto.
_O que foi?_ ela perguntou já dentro do quarto.
Eu peguei toda a coragem que eu nem sabia que eu tinha e
me aproximei.
_Demi, eu não consigo ficar longe de você! Por favor, me
dá mais uma chance?_ ela sacudiu a cabeça, mas seus olhos me diziam outra
coisa, então aproveitei minha chance e a abracei. Inicialmente ela tentou me
empurrar, mas eu era mais forte do que ela, assim, eu olhei fixamente para seus
lábios e não consegui resistir, eu a beijei.
...continua...
"Adoro a liberdade, positividade e coisas alegres, mas a melancolia flui naturalmente em mim..."
Valeu por tudo!
-gabi
"Adoro a liberdade, positividade e coisas alegres, mas a melancolia flui naturalmente em mim..."
Valeu por tudo!
-gabi